O ISRAELITA E A PÁSCOA
Três vezes no ano todos os homens eram obrigados a comparecer diante de Deus para celebrar três festas religiosas: a páscoa (=pães asmos), o pentecostes (=festa das semanas ou primícias) e tabernáculos (=festa da colheita). Comemorada no primeiro mês do ano hebraico chamado abibe (março/abril), a páscoa era a primeira das três festas (Ex 12). A palavra páscoa vem do termo hebraico “pessach”, que significa “passar por cima”, no sentido de “poupar” (Ex 12:12-13). A páscoa tem haver com a décima praga, que foi a morte dos primogênitos no Egito. O povo de Israel recebeu a ordem de Deus de preparar um cordeiro para cada lar e o sangue desse cordeiro deveria ser aplicado no alto e nas laterais das portas das casas (Ex 12:7). O sinal do sangue garantiria a segurança de cada casa assim marcada. “Então, a meia-noite, o Senhor matou todos os filhos mais velhos do Egito, desde o filho mais velho de faraó, que sentava no trono, até o filho mais velho do escravo que estava no calabouço...” (Ex 12:29). E assim, depois de 400 anos de sofrimento e opressão do povo de Israel no Egito, Deus o liberta e manda seu servo Moisés instituir a páscoa que deveria ser uma observância familiar e um memorial do livramento dos israelitas do Egito. A festa então, foi estabelecida e o povo passou a observá-la no entardecer do dia 14 de Abibe, os cordeiros da páscoa eram mortos e depois assados e comidos com pães asmos (sem fermento) e ervas amargas (Ex 12:8), enfatizando a necessidade de uma saída apressada e relembrando a amarga escravidão no Egito (Dt 16:3).
O
CRISTÃO E A PÁSCOA
Como podemos observar acima, a páscoa é uma festa judaica e
não cristã. Portanto, não temos que guardá-la ou celebrá-la. Para o cristão, a
páscoa é uma figura histórica de Jesus Cristo, o Cordeiro Pascal, que, por Seu
sangue nos comprou para Deus e nos livra do mundo hostil.
A morte de Cristo na época da páscoa
é de grande importância para nos cristãos. O apóstolo Paulo chama Cristo de
“nossa Páscoa” (1 Co 5:7). A ordem em Êxodo 12:46 de não se quebrar nenhum osso
do cordeiro da páscoa é aplicada pelo apóstolo João à morte de Cristo – “Nenhum
dos seus ossos será quebrado (Jo 19:36). Na noite que precedeu a morte de
Jesus, houve duas ceias: a Ceia Pascal e a Ceia do Senhor. A figura (ceia pascal)
vai dar lugar a realidade. Jesus naquela noite, comeu a Páscoa e logo em
seguida substituiu-a pela Sua Ceia. A
páscoa servira a seus fins (apontar para a vinda do Cordeiro de Deus) e deu
lugar à nova Ceia comemorativa. O pão e o vinho são simbolos para lembrar aos
díscipulos de Cristo, através de todos os tempos, de Seu sacrificio redentor.
Cristo nos libertou da escravidão do pecado. Não podemos nos esquecer que a morte de Cristo na cruz foi o pagamento de
um resgate (Mc 10:45) pelo qual nós pecadores, fomos libertos.
Logo depois de ter sido julgado e
condenado a pena de morte, Jesus foi açoitado até quase morrer e depois foi
publicamente crucificado. O relato biblico diz que Ele sofreu na cruz desde
cerca de nove horas da manhã até às três
da tarde na sexta-feira (a chamada “sexta-feira santa”, pela tradição e não
pela Bíblia), tendo então morrido dizendo ao Pai: Está consumado! e, nas tuas mãos entrego o meu espírito! (Jo
19:30 e Lc 23:46). Três dias depois de ter sido colocado num sepulcro, no
domingo pela manhã, Ele levantou-se dentre os mortos, como tinha afirmado
algumas vezes aos seus discípulos. A morte não pode detê-lo, porque Ele é o
Senhor da morte e também da vida! Agora, o Senhor Jesus vive assentado à
direita de Deus de onde virá para julgar vivos e mortos e trazer a salvação
final para o Seu povo.
“A PÁSCOA DO CRISTÃO”, aponta para
três maravilhosos fatos: JESUS MORREU (nos livrando da escravidão do pecado),
RESSUSCITOU (seremos também ressuscitados) e VOLTARÁ (reinaremos pelos séculos
dos séculos com o Senhor).
Pr. Luiz Mesquita
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