quinta-feira, 30 de maio de 2013

A inserção do berçário na igreja.

A inserção do berçário na igreja. A Palavra de Deus diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. Ç2Provérbios 22.6. A primeira pergunta que surge é: Quando? E só depois vem: Como? A maioria das igrejas que estive não possuíam um trabalho voltado para os bebês, o máximo que tinham era um espaço para que as mães os amamentassem ou descansassem com seus bebês. Isso é a comprovação de que a maioria das pessoas acreditam que o desenvolvimento de uma educação cristã só é possível nas crianças maiores. “Pesquisadores que estudaram como se desenvolve o processo da fé na vida da criança afirmam que é desde bebê que as sementes da fé, confiança e amor são plantadas na vida delas, por meio do cuidado que recebem e da segurança que lhes é proporcionada.” (Débhora Elisamar) Não tenho dúvida desta verdade, e, é por acreditar nisto que não devemos medir esforços para investir na educação cristã de nossas crianças desde os primeiros meses de vida. Acredito nisto não só porque li a este respeito, mas, por experiência, tenho duas meninas e pude comprovar esta verdade nos primeiros meses de vida de ambas. Quando tive o meu primeiro bebê, demorei para levá-la a igreja, mesmo porque na época não havia o berçário, moro numa região muito quente e o templo não possuía refrigeração. Só comecei a levá-la para participar dos cultos a partir do terceiro mês. Eu passava a maior parte do culto do lado de fora da igreja, pois ela chorava muito. O culto infantil era para crianças de 1 à 6 anos. Havia aí dois problemas, o primeiro era pelo fato de que o trabalho que era feito não alcançava todas as faixas etárias, devido a grande diferença de idade, as crianças de um e dois anos têm necessidades e características físicas e mentais bem diferentes das crianças de seis anos. O outro problema era pelo fato de não ter o berçário, ou seja, não havia sido trabalhado anteriormente esse momento tão importante para o bebê, que é o de interagir com o mundo externo, num ambiente seguro e acolhedor em conjunto com outras crianças e pessoas capacitadas para lidar com esta faixa etária. Se os bebês tiverem esta oportunidade, mas sedo compreenderão as verdades Divinas e confiarão nas pessoas. Resultado foi que ela não ficava na sala com as crianças, só a partir dos dois anos é que passou a participar dos cultos infantis, porém eu tinha que ficar com ela, e isto se deu até os quatro anos de idade. Com a segunda filha a experiência foi bem diferente. O Templo da igreja passou por reformas significativas, os salões receberam centrais de ar, foram construídas novas salas de aula. Formamos três classes para os cultos da noite, o maternal com o limite de 0 à 3 anos, as crianças de 4 à 6 anos e foi formada a classe missionária com as demais crianças. Melhorou, porém, ainda faltava o berçário. Com apenas um mês de vida passei a levar minha caçula para os cultos, onde eu assistia tranquilamente, com três meses ela participava do cultinho infantil, a irmã usava visuais bem coloridos e cânticos bem animados. No decorrer de todo o culto ela participava com sorrisos, e muitos pulos no meu colo na hora da música, com apenas seis meses ela ficava quieta e bem atenta quando a professora dava a lição, com um ano já participava verbalmente respondendo as perguntas. Resultado, com apenas um ano e quatro meses ela ficava na sala do culto infantil sem a minha presença. Os fatores externos foram determinantes nos primeiros meses de vida das duais. Hoje, ambas são crianças que amam ir a igreja, são participativas nas atividades desenvolvidas, oram, cantam e gostam de aprender da Bíblia. Se não tivesse tido esses investimentos no trabalho infantil da igreja, será se elas teriam tanto prazer de ir para a igreja como elas demonstram? Acredito que não. “Quando a criança chega ao templo e encontra pessoas preparadas para cuidarem dela, uma sala bem limpa e arrumada, pessoas que cantam e falam sobre Deus, ela está sendo ‘moldada’ a pensar em Deus...Ao sentir-se amada pela igreja, a criança também se torna amável e mais facilmente aceita a idéia de que é amada por Deus” (Silvana Cristina Rêgo e Pggy Smith Fonseca). Como falei antes, melhorou, mas ainda precisávamos do berçário, eu e mais algumas irmãs nos mobilizamos e com o apoio do pastor inserimos o berçário, ainda falta estruturarmos mais, porém, hoje podemos dizer que estamos investindo “em tempo oportuno”, quanto mais sedo começarmos menos risco corremos de perder nossas crianças para o mundo. Por isso, caso na tua igreja não possua a sala do berçário, te convido a levar para sua igreja essa proposta, de inserir a classe do berçário e maternal. Devemos investir tempo, energia, conhecimento e joelhos dobrados em oração para que as crianças tenham em Deus seu melhor amigo e cresçam não só em estatura mais no conhecimento da Palavra de Deus. Temos aqui algumas imagens de como ficou o berçário.